Voluntário que resgatou Juliana Marins recebe mais de R$ 435 mil em vaquinha online após campanha de arrecadação bem-sucedida.

Na última terça-feira, 8 de agosto, o alpinista Abd Harris Agam, amplamente conhecido como Agam Rinjani, foi contemplado com um importante apoio financeiro por meio de uma campanha de arrecadação online. O montante, que ultrapassou os R$ 518 mil, foi destinado a Agam em reconhecimento ao seu papel como voluntário no resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, que ocorreu nas encostas do Monte Rinjani, na Indonésia. Após a dedução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o alpinista recebeu cerca de R$ 435 mil, o que equivale a mais de 1,09 bilhão de rúpias indonésias.

A mobilização em prol de Agam gerou uma enorme participação da comunidade, refletindo o quanto a ação solidária ressoou entre os doadores. No entanto, o sucesso da campanha não ocorreu sem controvérsias. Durante o processo de arrecadação, surgiram questionamentos sobre uma taxa de 20% que seria cobrada pela plataforma Voaa, responsável pela vaquinha virtual. Isso gerou indignação entre os participantes, levando os organizadores a suspender temporariamente a campanha. Contudo, após um diálogo aberto e diante das solicitações dos doadores, a equipe de organização decidiu revogar essa taxa, garantindo que todo o montante arrecadado seria integralmente repassado ao alpinista, sem qualquer abatimento.

A resiliência da comunidade em apoiar Agam e a sensibilidade em relação à situação trágica que cercava Juliana Marins foram fatores cruciais para a rápida mobilização de fundos. A ajuda financeira não apenas reconhece o ato heroico de Agam, mas também serve como um testemunho da capacidade humana de se unir em tempos de crise. A história de Juliana e Agam ressoou profundamente, não apenas pela tragédia envolvida, mas também pela solidariedade que despertou, refletindo um sentimento coletivo de compaixão e altruísmo.

O evento gerou discussões sobre a importância de garantir a transparência e a ética nas campanhas de arrecadação, destacando a responsabilidade que as plataformas de crowdfunding têm em informar adequadamente os doadores. A movimentação em torno dessa causa não apenas trouxe um alívio financeiro para Agam, mas também acendeu um debate sobre como as comunidades podem se articular para prestar assistência em situações de emergência.

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