Thomas Schafer, CEO da Volkswagen, expressou sua preocupação com a situação financeira atual da empresa, destacando que os custos de produção estão entre 25% a 50% mais altos do que o inicialmente previsto. Segundo Schafer, “não estamos ganhando dinheiro suficiente com nossos carros atualmente,” uma frase que resume a grave crise pela qual a gigante automobilística está passando atualmente. Ele ressaltou que os custos de energia, materiais e mão de obra têm aumentado significativamente, tornando a operação das fábricas em solo germânico muito mais cara do que em outros lugares.
O governo alemão, por meio de um porta-voz, reconheceu que a Volkswagen enfrenta dificuldades e enfatizou que decisões de gestão mal-sucedidas não devem resultar em prejuízos para os trabalhadores. O chanceler Olaf Scholz deixou claro que é vital preservar e garantir a sustentabilidade dos empregos na empresa, o que se traduz em uma expectativa crescente de que os esforços de reestruturação não sacrificem o futuro dos funcionários.
Desde setembro, a Volkswagen já havia sinalizado a possibilidade de fechamentos de fábricas, mas essa notícia enfrentou crescente ceticismo entre analistas e observadores do mercado, principalmente devido à forte resistência de políticos e sindicatos que defendem os interesses dos trabalhadores.
À medida que a indústria automotiva global enfrenta a transição para veículos elétricos e novos desafios econômicos, a Volkswagen precisa reavaliar sua estratégia para permanecer competitiva, enquanto navega por águas turbulentas que ameaçam seu legado em solo alemão. Essa reestruturação proposta certamente provocará debates acalorados sobre o futuro da empresa e o impacto econômico nas comunidades onde suas fábricas estão localizadas.