Já na comparação com o consumo em níveis abusivos, a população masculina do início do século passado, bebia três vezes mais do que as mulheres, enquanto hoje em dia, essa diferença caiu para apenas 1,2 vez mais que as mulheres. Além disso, os homens costumavam ser 3,6 vezes mais propensos a ter problemas de saúde por decorrência do consumo de álcool, como cirrose hepática. Hoje a diferença é de apenas 1,3 vez mais que as mulheres.
Os pesquisadores afirmam que parte desta mudança pode ser explicada pela mudança nos papéis exercidos por homens e mulheres na sociedade. De acordo com o professor Mark Petticrew, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, o aumento da disponibilidade da bebida no mercado e a publicidade de álcool voltada para mulheres também são fatores importantes.
“O consumo de álcool e os problemas relacionados a ele eram historicamente vistos como um fenômeno masculino,” alerta Petticrew. Já não são mais, diz o pesquisador. Por isso, o estudo recomenda que os esforços para moderar o consumo de álcool e reduzir os problemas decorrentes desse abuso sejam também direcionados ao público feminino.
“Os profissionais de saúde precisam ajudar tanto homens quanto mulheres a compreender os riscos do consumo de álcool, e saber como reduzir os seus efeitos maléficos,” afirma o professor.
Testosterona
25/10/2016