Heber, um dedicado policial com 39 anos, tinha 17 anos de serviço na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e era amplamente reconhecido por seu compromisso com a corporação. Antes de cada missão, seu grito de bravura ecoava entre os colegas: “Ninguém vai nos parar.” Essa determinação refletia não só sua profissão, mas sua filosofia de vida. Jéssica compartilhou que, mesmo em meio ao luto, ela e os filhos buscam viver “um dia de cada vez”, lidando com a ausência do marido e pai, e destacando que ele foi “um cara do bem” que deixou um legado significativo.
A viúva ressaltou a importância do amor e união familiar neste momento de extremas dificuldades. “Agora sou eu por eles, seguindo em frente e sentindo a presença do Heber perto de nós,” comentou, referindo-se aos dois filhos que têm sido sua fonte de força. Ao ser questionada sobre a busca por justiça, Jéssica demonstrou uma serenidade admirável. “Quem planta o bem, colhe o bem. Eu não preciso de justiça,” afirmou, expressando a esperança em um retorno positivo das ações do bem.
Durante as cerimônias fúnebres, a emoção foi palpável. O comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Marcelo de Menezes, se ajoelhou e entregou uma bandeira do Brasil dobrada aos filhos de Heber, afirmando: “Vocês têm um pai que é um exemplo. Um herói não só para vocês, mas para todo o Brasil. Ele jamais será esquecido.” Esse momento, registrado em vídeo, rapidamente viralizou, acendendo uma chama de solidariedade nas redes sociais.
Jéssica ainda revelou que a última troca de mensagens com Heber ocorreu durante a operação, quando ele comentou que estava bem e pediu que ela continuasse orando por ele. O que parecia ser uma conversa rotineira tornou-se um símbolo da fragilidade da vida e do sacrifício dos que estão em serviços de segurança. Os sentimentos de saudade e orgulho ainda persistem, mas a luta pela memória e pelo legado de Heber continua a ser uma motivação para Jéssica e seus filhos.









