Durante o julgamento no STM, a viúva de Evaldo, Luciana Nogueira, expressou sua indignação com a decisão dos magistrados. Ela afirmou que já esperava por um veredicto desfavorável, considerando que militares julgando militares tenderiam a favorecer seus pares. No entanto, a viúva se surpreendeu com a insensibilidade e a falta de empatia demonstrada durante o julgamento. Segundo Luciana, a justiça no Brasil é falha, e a decisão do STM apenas reforçou sua descrença no sistema judiciário.
Os militares envolvidos alegaram ter confundido o carro da família com um veículo roubado, justificando assim os disparos. No entanto, para Luciana, os 257 tiros disparados contra o automóvel não podem ser considerados legítima defesa, mas sim uma ação para matar. A viúva de Evaldo contesta a narrativa dos militares, afirmando que a família não representava perigo e que os disparos foram excessivos e injustificáveis.
Após a primeira condenação dos militares em instância inferior, a decisão do STM absolveu os réus, alegando dúvidas sobre a origem do disparo fatal que vitimou Evaldo. A ministra Maria Elizabeth Rocha foi a única a votar pela manutenção das condenações originais, destacando o racismo estrutural na abordagem de pessoas negras e pobres pelas forças de segurança.
Diante da decisão do STM, Luciana Nogueira e sua família avaliam a possibilidade de recorrer da decisão, mas incertezas pairam sobre a eficácia de um novo recurso. A viúva de Evaldo questiona se, mesmo com todas as evidências e apoio jurídico, será possível alcançar justiça em um sistema que parece não valorizar a vida de pessoas como ela e seu falecido esposo.
A espera por justiça e o peso do luto e da indignação marcam a trajetória da família de Evaldo Rosa, que agora enfrenta a árdua batalha por respostas e reparação diante da tragédia que transformou suas vidas para sempre.