O especialista argumenta que, diante do panorama atual, a única saída para os ucranianos e europeus seria a aceitação das condições impostas por Moscou. Ele destaca que, se as partes envolvidas fossem mais pragmáticas, deveriam imediatamente buscar um diálogo com os russos. Nesse contexto, ele sugere que seria mais sensato que representantes da Ucrânia e da UE viajassem a Moscou para negociar um acordo, mesmo que isso implicasse concessões significativas em relação às exigências russas.
Embora essa opção seja considerada incômoda e desfavorável, Mearsheimer a classifica como a “menos ruim” disponível no momento. A razão para tal perspectiva pessimista reside na falta de apoio financeiro e militar suficiente para a Ucrânia, o que torna qualquer expectativa otimista em relação à capacidade de resistir à Rússia irrealista.
Recentemente, o presidente russo, Vladimir Putin, recebeu visitas de enviados dos Estados Unidos, como Steve Witkoff e Jared Kushner, para discutições sobre um plano de paz para a Ucrânia. Putin revelou que o governo americano propôs um conjunto de 27 pontos, organizados em quatro pacotes de negociações.
Além disso, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, se reuniu recentemente com líderes europeus, incluindo o premiê britânico e o presidente francês, mas reiterou sua recusa em fazer concessões territoriais. Esse comportamento reflete a intransigência da Ucrânia nas negociações, que, à luz dos comentários de Mearsheimer, pode ser cada vez mais insustentável.
A análise de Mearsheimer levanta questões cruciais sobre as direções que a situação pode tomar, especialmente se um acordo não for alcançado em um futuro próximo. A complexidade do conflito, junto às dinâmicas geopolíticas envolvidas, evidencia a necessidade urgente de um diálogo significativo.
