A vitória de Hasina garante seu quinto mandato como primeira-ministra. No entanto, a legitimidade das eleições foi questionada pelo Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP), que boicotou o pleito e denunciou uma “farsa eleitoral”. Outros partidos também decidiram não participar das votações, alegando uma onda massiva de detenções e a falta de liberdade e honestidade no processo eleitoral.
Mesmo tendo trazido crescimento econômico ao país, Hasina enfrenta acusações de graves violações dos direitos humanos e uma repressão implacável à oposição. A líder de 76 anos está no poder desde 2009 e é creditada por transformar Bangladesh em uma nação em crescimento, lutando contra a extrema pobreza que assolava o país.
A participação nas eleições foi estimada em torno de 40% pelo chefe da Comissão Eleitoral Nacional, Habibul Awal. No entanto, muitos residentes entrevistados por agências de notícias afirmaram que decidiram não votar, pois acreditavam que o resultado já estava previsível.
O líder do BNP, Tarique Rahman, que vive exilado em Londres desde 2008, denunciou a possibilidade de manipulação das urnas e chamou o processo eleitoral de “vergonha para as aspirações democráticas de Bangladesh”. Rahman também afirmou ter visto “fotos e vídeos perturbadores” que apoiavam suas acusações de fraude eleitoral.
Apesar das controvérsias em torno das eleições, a vitória de Hasina contempla também nomes populares, como o de Shakib al-Hasan, capitão da seleção nacional de críquete, que foi eleito pelo partido no poder. O país, que enfrenta desafios como inundações e ciclones, segue em meio a um embate político que ressoa além de suas fronteiras.