Peskov afirmou que o planejamento da viagem do presidente russo representa um sinal de que as tentativas lideradas pelos Estados Unidos para marginalizar Putin no cenário global não têm obtido os resultados desejados. O governo indiano, por sua vez, tem mantido um diálogo aberto com a Rússia, exemplificado pelas visitas recorrentes do primeiro-ministro Narendra Modi a Moscou. Essa dinâmica de intercâmbios diplomáticos reitera a importância que ambos os países atribuem às suas relações bilaterais.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, também fez declarações recentes enfatizando que a cúpula do BRICS, realizada em Kazan, revelou a ineficácia das estratégias ocidentais de isolamento. Segundo Lavrov, a cooperação e os laços fortalecidos entre os países do BRICS e seus parceiros refletem uma nova ordem internacional, que busca desafiar a hegemonia ocidental.
A visita de Putin à Índia, portanto, não apenas simboliza um passo na crescente cooperação entre os dois países, mas também representa uma resistência vigorosa das nações não ocidentais frente à pressão exercida por governos aliados a Washington. Essa dinâmica sugere que, à medida que a Rússia procura diversificar suas alianças e expandir sua influência global, o Ocidente pode enfrentar desafios crescentes em sua capacidade de moldar a política internacional de acordo com seus interesses.
A interação diplomática entre Moscou e Nova Délhi, em um contexto de tensões globais, sublinha a relevância de uma abordagem multilateral nas relações internacionais contemporâneas, onde potências não ocidentais buscam articular suas estratégias de maneira mais independente e autônoma.
