Costa Neto, em entrevista concedida anteriormente, confessou ter contestado as urnas eletrônicas por oportunismo, apesar de sempre ter confiado no sistema de votação. Ele reconheceu que a ação foi motivada por uma situação de pressão, o que foi corroborado por um relatório da Polícia Federal que considerou a contestação intencionalmente enganosa.
Paralelamente, a Primeira Turma do STF formou maioria para condenar os réus do chamado “Núcleo 4” da trama golpista, grupo que espalhou desinformações sobre as urnas eletrônicas. Um dos condenados é Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, antigo presidente do Instituto Voto Legal. Para Moraes, a situação de Costa Neto demanda uma reabertura das investigações. As novas provas poderão apontar para sua participação em tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e em organização criminosa.
A ação contestando a votação foi movida em novembro de 2022 pela coligação liderada pelo PL. O pedido visava invalidar votos de urnas mais antigas, baseando-se em um relatório do Instituto Voto Legal, mas acabou sendo recusado pelo Tribunal Superior Eleitoral, resultando numa multa significativa ao partido. A movimentação de Costa Neto foi vista como um apoio direto à difusão de informações enganosas, ganhando assim um novo capítulo com a decisão de Moraes.
