É importante ressaltar a longa tradição de guerras que os Estados Unidos carregam consigo. Desde o século XIX, o país esteve envolvido em dezenas de conflitos armados, moldando sua cultura e mentalidade. Além disso, a quantidade de armas disponíveis para os americanos é assombrosa: são mais de 393 milhões, superando em muito a população de 333 milhões. Isso significa que, apesar de representarem apenas 4,3% da população mundial, os Estados Unidos detêm 42% de todas as armas existentes.
A questão do individualismo, tão celebrado nas teorias de Adam Smith, acabou por gerar um quadro de disfunção social, como Durkheim alertava há décadas. Mesmo com um PIB de trilhões de dólares e uma renda per capita elevada, a desigualdade persiste, tornando os mais pobres sentirem-se marginalizados e impelindo a sociedade a um estado de revolta latente.
Os números de violência nos Estados Unidos também não são nada animadores. Com uma taxa de 5,0 assassinatos por 100.000 habitantes ao ano, o país se posiciona abaixo de nações como Venezuela e Colômbia, mas bem acima de países europeus, asiáticos e do Canadá. Os “mass shootings”, definidos como ataques onde ocorrem pelo menos quatro mortes, têm sido uma triste realidade nos Estados Unidos, com um aumento alarmante ao longo dos anos.
Diante desse cenário, fica claro que os desafios que os Estados Unidos enfrentam em relação à violência são complexos e multifacetados. Resta saber como a nação irá lidar com essas questões e buscar soluções que garantam a segurança de sua população e promovam um ambiente de convivência pacífica e harmoniosa.