A advogada revelou que, numa espiral de violência, muitos agressores, incapazes de manter o controle sobre as parceiras, transferem suas agressões para os filhos. Esse comportamento não só transforma as crianças em vítimas diretas, mas também as insere em um ambiente de terror psicológico, que destrói a dinâmica familiar e perpetua o ciclo de abuso. A situação apresentada por Nunes reforça a necessidade de um olhar crítico e urgente sobre a violência doméstica, que, lamentavelmente, ainda é uma realidade enraizada na sociedade brasileira.
O julgamento não apenas reabriu as feridas de um crime que marcou a vida das vítimas, mas também reacendeu as discussões sobre a criação de medidas mais eficazes para a proteção das vítimas de violência familiar. A urgência em se desenvolver protocolos que garantam suporte às mulheres e suas crianças em situações de risco se torna ainda mais evidente ao se considerar que, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mais de 1.400 casos de feminicídio foram registrados apenas em 2024. A violência física e moral continua sendo um problema grave, atingindo milhões de mulheres em seus próprios lares a cada ano.
Diante de tantos desafios, a sociedade e as autoridades precisam agir com determinação para que tragédias como essa não se tornem algo recorrente, mas sim, parte de um passado que precisamos superar. A proteção das vítimas e a educação para a prevenção da violência são fundamentais para a construção de um futuro mais seguro e justo.
