As autoridades foram acionadas para apurar a situação. No local, a própria mãe admitiu aos policiais que havia agredido a criança, confirmando o uso de uma sandália para tal. As marcas de violência foram constatadas por uma policial que verificou hematomas no pescoço e nas costas da menina. Testemunhos dos vizinhos também foram cruciais para elucidar a gravidade das agressões. Moradores afirmaram que os episódios violentos eram frequentes e que já haviam presenciado a menina com marcas que sugeriam novas agressões. Uma das testemunhas relatou que as agressões eram audíveis a partir da rua, mencionando o uso de sandálias e até um cabo de madeira como instrumentos de agressão.
Após os depoimentos e as provas colhidas, a mulher foi levada para a Central de Flagrantes, onde prestou esclarecimentos ao delegado de plantão. Apesar de admitir o ato violento, a mulher afirmou que casos como esse eram esporádicos e os justificou como uma medida para impor limites à filha. No entanto, os relatos testemunhais e as evidências físicas encontradas na criança pesaram na decisão do delegado, que determinou sua prisão. Uma fiança foi estipulada no valor de R$ 5.648, contudo, a acusada permaneceu detida por declarar impossibilidade de arcar com o montante.
Em paralelo, a menor foi conduzida ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de um exame de corpo de delito e recebeu acolhimento do Centro de Referência em Atenção à Criança e ao Adolescente (CRAD), sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev). Durante todo o processo, a menina esteve acompanhada por um familiar, que auxiliou na oferta de suporte emocional e prático. O caso segue sob acompanhamento das autoridades competentes, que buscam garantir a proteção e o bem-estar da criança.