Além disso, as estatísticas também apontam que 1.917 pessoas foram presas em todo o estado por envolvimento em casos de violência contra a mulher, com 545 dessas prisões ocorrendo na capital alagoana. Os crimes de maior incidência foram ameaça, lesão corporal, injúria, descumprimento de medida protetiva e difamação. A faixa etária predominante das vítimas foi de 20 a 29 anos, representando 31% de todas as ocorrências.
A coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, delegada Ana Luíza Nogueira, destacou que o alto número de requerimentos de medidas protetivas de urgência reflete a maior confiança da sociedade nos órgãos de segurança pública e a menor tolerância das vítimas com relação à violência doméstica. Ela ressaltou que crimes de menor intensidade, como ameaça, representam a maioria das ocorrências, o que indica uma menor tolerância aos crimes contra as mulheres que estão tentando romper o ciclo da violência.
Outro ponto importante levantado pela delegada foi a faixa etária predominante das vítimas, entre 20 e 29 anos, o que sugere que as novas gerações estão mais conscientes dos direitos das mulheres. Em suma, os dados apresentados revelam tanto um aumento na denúncia e busca por proteção, quanto uma mudança de mentalidade, com as vítimas demonstrando menor tolerância e maior determinação para romper com o ciclo de violência.
A delegada Ana Luíza Nogueira enfatizou a importância de políticas públicas e ações de conscientização para combater esse grave problema social, que ainda persiste em nosso meio. Portanto, é fundamental que a sociedade continue engajada na luta contra a violência doméstica e que as autoridades atuem de forma efetiva para proteger e garantir a segurança das mulheres.