De acordo com informações da Polícia Militar, o suspeito foi detido no último sábado, durante um patrulhamento rotineiro na região de Ipioca. Ao avistar a viatura, ele tentou se desfazer de um objeto suspeito e se escondeu em uma residência na qual não residia. A abordagem resultou na apreensão de um revólver calibre .38, que tinha a numeração raspada e estava carregado com seis munições intactas.
Durante o depoimento, o homem revelou que a motivação para o ataque estava ligada a um episódio que o marcou profundamente. Ele havia sido agredido por um grupo de pessoas, incluindo o funcionário da loja, há dez anos, quando foi detido por populares após tentar assaltar uma mulher. Na ocasião, o funcionário reconhecido pelo suspeito teria sido um dos que o atacaram, desferindo um chute em seu rosto. Marcas de indignação e mágoa se acumularam ao longo dos anos, levando o homem a guardar ressentimentos até encontrar a oportunidade de agir.
O capitão Pedro Silva, comandante da 2ª Companhia Independente da Polícia Militar, mencionou que o agressor sentiu que sua vingança era justificada, especialmente após ter percebido provocações do funcionário ao passar pela loja nos últimos tempos. Após a prisão, o cidadão confessou que a arma em sua posse era, de fato, a mesma utilizada no ataque ao funcionário.
Por causa da posse ilegal de uma arma de fogo de uso restrito, além de sua confissão, o suspeito se vê agora em uma situação jurídica complicada, podendo enfrentar graves acusações, incluindo tentativa de homicídio. A Polícia continuará a investigar para garantir que todos os elementos do crime sejam esclarecidos e devidamente responsabilizados. A situação serve como um alerta para a sociedade sobre as consequências de conflitos não resolvidos e a escalada da violência.