A quadrilha, que teve suas atividades desmanteladas pela Operação Siderado da Polícia Federal, movimentou mais de R$ 2,2 bilhões em apenas dois anos. Segundo o inquérito policial, Ailton José da Silva é apontado como coautor da tortura contra o jovem, juntamente com outros membros do grupo, incluindo um homem identificado como “Fronteira”.
As investigações indicam que a violência extrema era utilizada como forma de punição e controle dentro da organização criminosa. A tortura teria sido motivada por suspeitas de desvio ou roubo de drogas por parte da vítima. Embora o homicídio não tenha sido consumado, mensagens encontradas no celular de Ailton demonstram a intenção de amedrontar possíveis rivais ou traidores.
A Operação Siderado resultou no cumprimento de 32 mandados, incluindo prisões e buscas em cinco estados diferentes. A complexa rede de empresas utilizadas para lavagem de dinheiro e envio de recursos para fornecedores na Colômbia foi desarticulada, revelando a sofisticação do esquema criminoso.
Além do tráfico de drogas, a organização criminosa cometia outros crimes violentos, como tortura, sequestro e lavagem de dinheiro. Com quase 40 suspeitos mapeados, muitos foram presos durante as operações, mas a Polícia Federal continua em busca dos foragidos, mantendo laços internacionais através da inclusão de um dos suspeitos na Difusão Vermelha da Interpol.
As investigações seguem em andamento, revelando a complexidade e extensão das atividades criminosas desse grupo, que financiava não apenas o tráfico, mas também aquisições de armas e itens de luxo. A Polícia Federal mantém seu compromisso em desmantelar essas organizações criminosas e levar os responsáveis à justiça.