A vice-presidente, que é companheira de chapa do atual presidente Daniel Noboa, encontrou-se em uma posição delicada após o presidente ter se afastado de suas funções para concorrer à reeleição. A raiz dos problemas parece estar ligada a ordens emitidas pelo governo, que determinavam que Abad se transferisse de Tel Aviv, em Israel, para Ancara, na Turquia, para cumprir um novo papel dentro da administração. Ao não seguir essa ordem, a vice-presidente foi penalizada, o que gerou um ambiente conturbado entre as estruturas do governo.
Abad também questionou a autoridade da ministra do Trabalho, Ivonne Núñez, que tem insistido que os servidores da vice-presidência trabalhem remotamente, o que, segundo a vice-presidente, representa uma afronta à legalidade. Ela expressou sua frustração através de redes sociais, destacando a falta de resposta da equipe sobre quais ações estavam sendo tomadas para atender a uma diretriz que ela considera inconstitucional e discriminatória.
A situação se complica ainda mais pela recente decisão de um juiz que havia suspendido Abad por 150 dias sem remuneração. Apesar dessa suspensão, a Justiça determinou que ela fosse reintegrada e que a ministra Núñez apresentasse desculpas públicas por agir sem respaldo legal. No entanto, em um novo movimento político, Noboa designou-a como colaboradora em relações comerciais com a Turquia, vinculando sua função à nova transferência, o que gerou mais atritos e confusões.
Nesse cenário, Noboa acusa a vice-presidente de tentar interferir em sua campanha eleitoral, indicando que há movimentos da oposição que podem ser interpretados como tentativas de golpe. O clima de incerteza e disputa de poder entre Abad, Noboa e outros membros do governo traz à tona a fragilidade das instituições políticas equatorianas, provocando uma situação de crise que merece atenção. A evolução desses acontecimentos será observada de perto, pois pode impactar significativamente o futuro político do país.