Verónica Abad, que pertence ao movimento Ação Democrática Nacional (ADN), enfatizou que seu mandato se pautará pelo respeito à democracia e aos direitos constitucionais. “Queridos equatorianos, assumirei a presidência Constitucional da República do Equador por mandato expresso na lei. Me comprometo a um governo de paz e respeito às normas,” declarou Abad por meio de um vídeo em sua conta nas redes sociais.
Durante o seu período no cargo, a vice-presidente se comprometeu a garantir a igualdade e a liberdade de expressão no país, prometendo que não haverá perseguições políticas ou aumento de impostos. “Minha gestão será totalmente responsável e imparcial. Às Forças Armadas, é sua obrigação constitucional e inegociável a proteção dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos,” afirmou Abad, buscando transmitir um clima de confiança e estabilidade política.
Entretanto, a situação política em torno do governo é conturbada. Noboa, que busca a reeleição, assinou um decreto que condiciona sua licença ao início da campanha eleitoral, provocando tensões. No dia 3 de janeiro, Abad acusou Noboa de planejar um golpe de Estado durante sua ausência e, segundo suas palavras, o cenário político é sutilmente dividido entre aliados e opositores, com a expectativa de que novas estratégias emergem à medida que as eleições se aproximam.
Por outro lado, membros do governo alegam que a norma que exige licença não se aplicaria a Noboa devido ao fato de ele ter assumido a presidência por meio de uma eleição extraordinária. A situação se complica com a destinação de Sariha Moya, secretária de Planejamento, como a nova vice-presidente durante a ausência de Abad, o que aumenta as especulações sobre intenções e lealdades políticas em jogo.
Apesar das incertezas, o foco agora está em como a campanha eleitoral se desenvolverá e quais impactos isso terá sobre a estrutura de poder no Equador, enquanto Abad assume um papel temporário de liderança durante um momento crucial para a nação.