A notícia da ameaça feita pela vice-presidente chegou ao secretário executivo Lucas Bersamin, que considerou a situação uma “ameaça ativa” contra o presidente Ferdinand Marcos Jr. e acionou uma força de guardas presidenciais de elite para agir imediatamente. A resposta das autoridades foi rápida, com o Comando de Segurança Presidencial reforçando a segurança do presidente e tratando a ameaça como uma questão de segurança nacional.
O clima de tensão política entre Sara Duterte e o presidente atual, com quem concorreu nas eleições de maio de 2022, tem se intensificado nas últimas semanas. Embora tenham vencido juntos as eleições, os dois líderes têm enfrentado divergências significativas em questões como a política em relação à China no Mar da China Meridional. Sara Duterte tem sido uma crítica ferrenha da gestão do presidente, acusando-o de corrupção, incompetência e perseguição política.
As ameaças de morte feitas pela vice-presidente surgiram após a prisão da chefe de gabinete de Sara Duterte, Zuleika Lopez, por obstruir um inquérito sobre o uso incorreto do orçamento da vice-presidente. Em uma coletiva de imprensa, Sara Duterte não poupou críticas ao presidente, acusando-o de mentir e ser incompetente. Ela também revelou ter um plano de assassinato contra si mesma, com um assassino de aluguel prometendo atacar o presidente e outros políticos caso algo acontecesse a ela.
Diante desse cenário de instabilidade política, o chefe do Exército das Filipinas, Romeo Brawner, emitiu uma declaração pedindo calma e reforçando o compromisso das Forças Armadas com a democracia e a autoridade civil. Ele destacou a importância da união do povo filipino contra qualquer tentativa de divisão. A situação permanece delicada e as autoridades seguem em alerta diante das ameaças feitas pela vice-presidente Sara Duterte.