Em artigo publicado nesta quinta-feira (15), o acadêmico de Direito Caio Hanry Abreu analisa os movimentos políticos do vice-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT), e destaca a resistência do ex-governador em aceitar uma candidatura à Câmara dos Deputados. Segundo o autor, Lessa “não quer — e nem pode — ser uma voz entre 513”, em referência ao número de cadeiras na Casa legislativa federal.
Com os holofotes voltados para os principais líderes da política alagoana, como Paulo Dantas (MDB) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), o futuro de Ronaldo Lessa ainda é incerto. De acordo com Caio Abreu, Lessa gostaria de disputar o Governo do Estado em 2026, mas enfrentaria a resistência do grupo liderado por Renan Calheiros (MDB), que costuma indicar aliados fiéis para as disputas majoritárias.
O texto afirma que, embora tenha sido figura fundamental na vitória de Dantas ao governo em 2022, Lessa pode acabar recebendo um “prêmio de consolação” do grupo palaciano: o apoio a uma candidatura a deputado federal. A proposta, no entanto, não empolga o vice-governador, que deseja manter um papel de destaque na política estadual — ou até mesmo nacional.
Ao tratar da força política de Lessa, Caio Hanry lembra que o pedetista goza de prestígio junto a nomes influentes como Arthur Lira e o próprio Renan Calheiros. Ainda assim, o artigo sugere que os Calheiros evitariam lançar o vice-governador a cargos que possam conferir autonomia ou projeção excessiva, o que poderia ameaçar a hegemonia do grupo.
“Resta ao eleitor uma pergunta: Lessa aceitaria ser uma voz entre 513 deputados?”, provoca o autor ao final do artigo, indicando que o desfecho dessa disputa só será conhecido nas articulações para as eleições de 2026.
