O vice-governador destacou os desafios enfrentados pelos partidos de médio porte, que, segundo ele, têm visto sua relevância diminuir em um cenário político cada vez mais competitivo e segmentado. Para Lessa, a formação de federações pode ser uma solução eficaz para que essas agremiações consigam não apenas sobreviver, mas também se fortalecer em meio a um sistema eleitoral hostil. “Diante do quadro que temos, da estrutura, a federação será o caminho a ser adotado pelos partidos médios”, afirmou, sublinhando a urgência dessa mudança.
Um dos principais obstáculos mencionados por Lessa é a cláusula de barreira, uma norma que restringe o acesso das legendas ao fundo partidário com base no desempenho eleitoral. Essa cláusula, segundo ele, tem dificultado a ascensão de partidos menores, colocando-os em uma posição de vulnerabilidade. Nesse contexto, as federações se apresentam como uma saída viável, permitindo que essas siglas unam forças, ampliem sua representatividade e garantam sua presença no cenário político.
A fala do vice-governador reflete uma preocupação crescente em relação à dinâmica política no Brasil, onde a fragmentação partidária tem sido uma constante. A proposta de federações surge como um caminho para que as legendas de menor expressão possam consolidar sua atuação e reivindicar espaço em um ambiente em que a competição é feroz e os recursos muitas vezes escassos. Em suma, a formação de federações pode ser um passo crucial para o fortalecimento dessas agremiações, garantindo que suas vozes sejam ouvidas nas esferas política e eleitoral.