Allan Pierre explicou que a área em questão é utilizada para a passagem de tubulações da Casal, ligadas ao sistema de abastecimento Catolé/Cardoso. Segundo ele, a companhia reivindica a área sob a alegação de posse, mas os moradores de Maceió a consideram parte integrante do Parque Municipal. O vereador ressaltou que a situação é preocupante, uma vez que a cidade enfrenta um crescimento constante, mas possui um número limitado de espaços de convivência ao ar livre. O parque, segundo ele, é um símbolo importante para a preservação ambiental e o lazer na capital alagoana. “Se essa área for reintegrada à Casal, haverá um impacto negativo na utilização desse espaço pela população”, afirmou.
O vereador Rui Palmeira também se manifestou sobre o tema, destacando a importância do Parque Municipal, que abrange cerca de 40 hectares de vegetação nativa da Mata Atlântica. Ele criticou a atitude da Casal, afirmando que a ação é desnecessária, considerando que o município já detém a concessão da área há mais de cinco décadas. Rui alertou para a necessidade de ampliar a oferta de áreas verdes na cidade, incluindo espaços como o antigo Eco Park e a região da Fábrica Carmem, em Fernão Velho.
A vereadora Fátima Santiago enfatizou a relevância da intervenção no Parque Municipal e destacou que ele deveria ser um espaço acessível a todos os maceioenses, independentemente da idade. Ela expressou esperança de que o parque seja reaberto em breve, permitindo que a população tenha a oportunidade de apreciar a rica biodiversidade daquela área. Fátima ressaltou a importância da mobilização conjunta entre a Prefeitura de Maceió, a Câmara de Vereadores e o Ministério Público de Alagoas para proteger a natureza e garantir que o parque permaneça um espaço público, destinado ao bem-estar da comunidade.
A discussão reflete uma preocupação crescente com a infraestrutura urbana e a qualidade de vida na cidade, enfatizando a importância do acesso a espaços verdes em um cenário de urbanização acelerada.
