A assessoria de Raíssa Lacerda emitiu uma nota afirmando que estava perplexa e consternada com a prisão da vereadora, reiterando a inocência dela. A nota também ressaltou que Raíssa não possui ligação com as pessoas citadas na operação “Território Livre” e que a verdade seria esclarecida. Até o momento, a defesa dos demais envolvidos não se pronunciou.
Além das prisões, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em diferentes bairros da cidade. Documentos foram recolhidos do centro comunitário Ateliê da Vida, um dos alvos da operação, para auxiliar nas investigações. A Procuradoria-Geral da Câmara Municipal de João Pessoa informou em nota que está acompanhando os desdobramentos da operação e confia no trabalho da justiça.
A operação “Território Livre” é uma referência à liberdade que os eleitores devem ter para exercer seu voto. Na primeira etapa da operação, realizada em setembro, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de R$35 mil em dinheiro. Raíssa Lacerda já era alvo da operação naquele momento e alegou ser vítima de perseguição.
Raíssa Lacerda assumiu a vaga na Câmara Municipal de João Pessoa após o falecimento do vereador Professor Gabriel. Ela era secretária-executiva de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de João Pessoa antes de retornar à Câmara. A prisão ocorreu dois dias antes do início da proibição de prisão de candidatos estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o período eleitoral.
O crime de aliciamento eleitoral, praticado por candidatos, partidos ou correligionários, consiste em convencer eleitores, por meios ilegais, a votarem em candidatos diferentes daqueles em que votariam naturalmente. É considerado um crime eleitoral e é punível com detenção e multa.