A declaração foi feita em um contexto mais amplo, onde Karen criticava a recente megaoperação de segurança pública que ocorreu nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, realizada um dia antes. Em seu discurso, a vereadora enfatizou a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre como as políticas de combate ao tráfico têm sido implementadas e as expectativas em torno delas.
Karen argumentou que a dignidade dos indivíduos que vivem em áreas afetadas pelo tráfico deve ser levada em conta. Ela destacou que muitas dessas pessoas estão, de fato, buscando maneira de sustentar suas famílias em um cenário de desigualdade e falta de oportunidades. Com essa afirmação, a vereadora levantou um debate acalorado sobre a criminalização da pobreza e as condições sociais que levam muitos a se envolverem com atividades do tráfico de drogas.
Durante sua fala, a vereadora fez um apelo para que as abordagens de segurança pública sejam repensadas, enfatizando a importância de políticas que promovam inclusão social e oportunidades, ao invés de apenas repressão. Essa visão provocou uma série de reações, com diversos vereadores e cidadãos expressando opiniões divergentes sobre a definição de “trabalho” e as condições relacionadas ao tráfico.
Assim, a análise do contexto do tráfico de drogas e seu impacto nas comunidades vulneráveis continua sendo um tema de relevância no debate sobre segurança pública e justiça social. A declaração de Karen Santos, ao desafiar as percepções convencionais, ressalta a complexidade dessa questão, que interliga economia, criminalidade e desigualdade social no Brasil. A sessão na Câmara Municipal de Porto Alegre certamente se tornou um reflexo das tensões atuais sobre a questão da criminalidade e das políticas públicas sociais.









