Thiago Prado já havia levantado essa questão na Câmara Municipal, evidenciando os efeitos prejudiciais que a suspensão dos recursos pode gerar, não apenas em Maceió, mas em todo o estado de Alagoas. A situação se agrava com a recente decisão administrativa do governo estadual, que transferiu a responsabilidade dos repasses dessas clínicas exclusivamente para a Prefeitura de Maceió. Anteriormente, o suporte financeiro vinha tanto do Estado quanto do Município, o que garantiu maior continuidade no atendimento.
A nova diretriz estabelece que o atendimento a dependentes químicos deverá ocorrer predominantemente em regime ambulatorial, sob a supervisão da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), o que gerou preocupações entre os presentes na reunião. No entendimento de Prado, essa abordagem pode ser precipitada e, se implementada sem precauções adequadas, poderá comprometer a vida de muitos dependentes e o bem-estar de suas famílias. “A internação é um recurso vital para a recuperação de indivíduos que enfrentam problemas graves de dependência. Ignorar essa necessidade é colocar em risco não apenas os dependentes, mas toda a sociedade que sofre com as consequências do vício”, enfatizou o vereador.
O encontro também contou com a participação de ex-dependentes químicos, que compartilham suas experiências e ressaltaram a importância de um suporte abrangente e contínuo para uma recuperação efetiva. Givaldo Carimbão, que tem se dedicado à causa do tratamento da dependência química, relembrou sua trajetória no Congresso Nacional, enfatizando a necessidade de destinar recursos para o fortalecimento e a ampliação desse tipo de atendimento em Alagoas.
A reunião representou um passo significativo na luta por melhores condições de tratamento e reforçou a urgência da questão, que continua a exigir atenção e ação por parte das autoridades locais e estaduais.