Vereador Pedro Rousseff convoca protesto contra gastos de parlamentares foragidos; ação busca cassar mandato de Eduardo Bolsonaro em meio a controvérsia sobre uso de verbas públicas.

Na última segunda-feira, o vereador Pedro Rousseff, integrante do Partido dos Trabalhadores (PT) de Minas Gerais e sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff, fez um chamado à militância petista para que se una em um protesto contra o uso de recursos públicos em viagens internacionais por parlamentares. O foco da ira de Rousseff são os gastos que totalizam R$ 3,3 milhões, com ênfase em dois deputados federais em particular: Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli, ambos do PL de São Paulo.

Em um discurso inflamado, Pedro Rousseff descreveu os gastos como um “absurdo”, afirmando que os dois parlamentares estariam, segundo suas palavras, “foragidos da Justiça brasileira.” O vereador enfatiza que é inaceitável que tais quantias sejam desembolsadas em nome de políticos sob investigação, especialmente enquanto eles permanecem fora do país, arrecadando dinheiro público—uma situação que, para ele, escandaliza a ética política.

Pedro Rousseff anunciou suas intenções de mobilizar a base do PT para pressionar o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados a tomar uma providência drástica: a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro. O processo contra o deputado está previsto para ser analisado ainda nesta semana, o que gera uma expectativa em torno do desfecho desse acirrado debate político.

“Nosso objetivo é extirpar a farra do dinheiro público. Ele precisa voltar ao Brasil, não como parlamentar, mas para enfrentar as consequências de seus atos”, afirmou o vereador em uma clara demonstração de indignação quanto à utilização de verbas da União para custear viagens de políticos que estão sendo investigados.

Esse movimento do vereador reflete uma crescente insatisfação popular e política em relação ao uso da máquina pública, posicionando a militância petista em um papel de vigilância e mobilização contra práticas que, para muitos, extrapolam os limites da moralidade e da responsabilidade fiscal. A repercussão dessa convocação e os próximos passos do caso de Eduardo Bolsonaro podem, portanto, provocar ecos significativos no cenário político nacional.

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