Lúcio Carlos tem se destacado por suas firmes proposições sobre a economia local e pela defesa dos pequenos agricultores em meio às discussões sobre a demarcação indígena. O G-11, do qual faz parte, tem sido um crítico constante da atual prefeita Luísa Júlia Duarte, resultando em um embate direto com a cúpula governista.
A ascensão de Lúcio Carlos à presidência da UVEAL não é aleatória; ele é um leal seguidor da família Wanderley, liderada pelo deputado estadual José Wanderley Neto e seu filho, o prefeito de Cacimbinhas, Hugo Wanderley. Este grupo já conquistou importantes vitórias políticas em diversas regiões de Alagoas, desbancando clãs políticos tradicionais como os Garrote em Estrela de Alagoas.
Com uma presença consolidada em municípios como Cacimbinhas e Estrela de Alagoas, os Wanderley agora direcionam seus esforços para Palmeira dos Índios, utilizando Lúcio Carlos como peça-chave para fortalecer sua influência na região. Sua eleição como presidente da UVEAL confere a ele uma posição estratégica de influência sobre todos os vereadores do estado, potencialmente desestabilizando ainda mais o governo municipal.
Além disso, a resistência ao projeto político de Júlio Cezar, ex-prefeito e atual secretário na administração de sua tia, se fortalece com a ascensão de Lúcio Carlos. Este posicionamento político intensifica a disputa pelo poder em Alagoas, com os Wanderley expandindo seu domínio e Júlio Cezar buscando ressurgir no cenário estadual.
Assim, com a nomeação de Lúcio Carlos na UVEAL e sua ligação com os Wanderley, Palmeira dos Índios pode estar prestes a iniciar um novo ciclo político, onde os grupos políticos tradicionais enfrentam desafios e novas alianças são forjadas. O cenário político local promete ser intenso e a eleição de 2026 pode ser crucial para determinar os rumos da cidade nos próximos anos. Resta aguardar para ver se Lúcio Carlos conseguirá se destacar na presidência da UVEAL e impulsionar sua carreira política, ou se será apenas mais um peão nas disputas de poder em Alagoas.
