Segundo a Polícia Federal, Moura desempenha um papel fundamental na conexão entre os líderes da organização criminosa e políticos influentes, garantindo a continuidade dos esquemas fraudulentos. Ele foi preso durante a fase ostensiva da operação Overclean, que apura irregularidades em contratos firmados pelo DNOCS, governos estaduais e municipais.
Documentos relacionados ao pagamento de propina foram apreendidos pela PF em um avião que seguia de Salvador para Brasília, como parte das investigações da operação. E, de acordo com o Metrópoles, Kiki Bispo está entre as pessoas sob suspeita de envolvimento no esquema.
O vereador, que fazia parte da base do ex-prefeito ACM Neto e atualmente apoia Bruno Reis, não foi alvo de medidas cautelares na operação. No entanto, o nome de ACM Neto foi citado no pedido de prisão de Marcos Moura, indicando possíveis conexões entre o empresário e políticos influentes.
A defesa de Moura argumenta que a prisão do empresário não se baseou em elementos concretos e individualizados, mas sim em conjecturas. Já a desembargadora Daniele Maranhão justificou a soltura do acusado afirmando que outras medidas cautelares foram impostas e não havia risco específico à boa elucidação dos fatos investigados.
Diante dessas revelações, a investigação sobre o envolvimento do vereador Kiki Bispo e de outros políticos nos esquemas de propina continua sendo um ponto crucial na operação Overclean, que busca desvendar a extensão das irregularidades nos contratos públicos firmados na Bahia.