Vereador de Recife Critica Ministro do STF e Chama-o de “Ditador” após Prisão e Liberação do Pai, Ex-Ministro do Turismo Gilson Machado.

Na última segunda-feira, 16 de outubro, o vereador do Recife, Gilson Filho, que é filiado ao PL e filho do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, manifestou sua indignação em relação à prisão de seu pai, ocorrida na sexta-feira, 13, e rapidamente revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma atitude repleta de simbolismo, o vereador descartou um exemplar da Constituição Brasileira durante uma sessão na Câmara Municipal, utilizando isso como uma forma de protesto.

Gilson Filho não poupou críticas ao ministro Moraes, acusando-o de agir como um “ditador” e desafiando a legitimidade de suas ações. A prisão do ex-ministro ocorreu em um contexto delicado, com Machado sendo investigado por supostamente ter tentado ajudar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, a obtenção de um passaporte português, algo que levantou suspeitas sobre uma possível fuga do país.

A intervenção do ministro Alexandre de Moraes foi rápida; na mesma data da prisão, ele decidiu revogar a medida, citando que as diligências realizadas pela Polícia Federal tornaram a prisão preventiva desnecessária. No entanto, Moraes determinou a imposição de medidas cautelares alternativas, que incluem o cancelamento do passaporte de Gilson Machado, além da proibição de sua saída do Brasil e a restrição de comunicação com outros investigados.

Esse episódio ressalta a tensão entre os poderes e a polarização política no Brasil, especialmente em um momento em que diversos ex-integrantes do governo anterior estão sendo investigados. A ação do vereador e a revogação da prisão evocam debates sobre os limites da ação judicial e as garantias constitucionais, temas que estão cada vez mais presentes no cotidiano político e jurídico do país. As repercussões das palavras de Gilson Filho e as implicações do caso ainda devem ser amplamente discutidas nos próximos dias, à medida que a sociedade brasileira acompanha de perto o desenrolar dos fatos.

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