Dias, em um vídeo publicado em suas redes sociais, expressou sua indignação sobre o uso dos veículos, questionando a legalidade desse transporte e anunciando que estaria acionando o Ministério Público para esclarecer a situação. Ele argumentou que esse tipo de ação afeta diretamente a rotina de ambulantes e comerciantes da região, provocando transtornos durante a invasão.
Na quarta-feira (23), o vereador revisitou o local e observou que os ônibus, de fato, estavam sendo utilizados para o retorno dos integrantes do movimento ao seu local de origem. “Ontem, fomos surpreendidos com a chegada de ônibus escolares que trouxeram pessoas do interior para participar da invasão. Isso impactou a vida de muitos comerciantes e ambulantes. Hoje, pudemos verificar que esses ônibus estavam sendo usados para retirar os sem-terra do centro”, ressaltou Dias.
A invasão, que ocorreu no dia 22, contou com a participação de cerca de 2 mil trabalhadores rurais e teve como propósito reivindicar melhores condições para os assentamentos rurais e uma solução para as famílias que ainda vivem em acampamentos no estado. Renildo Gomes, líder do MST, afirmou que essa não foi a primeira ocupação da sede do Incra neste ano e ressaltou que as demandas não atendidas podem levar a futuras mobilizações.
O evento não só levantou questões sobre os direitos dos trabalhadores rurais, mas também abriu um debate sobre a utilização de bens públicos em ações que podem ser consideradas políticas. Assim, a situação se revela como mais um capítulo nos desafios enfrentados por movimentos sociais e pela administração pública, reafirmando a necessidade de um diálogo aberto entre as partes envolvidas para buscar soluções que atendam às demandas de todos.