Muitos profissionais relataram sintomas como mal-estar, tontura e náuseas. Eliane Uehara, funcionária do 25º andar do prédio que abriga o Instituto Tomie Ohtake, descreveu sua experiência como “horrível”, afirmando que ainda se sentia enjoada. Outros colegas que estavam em andares inferiores também testemunharam a sensação de que os edifícios balançavam, uma reação natural diante da força dos ventos.
Os desafios não se limitaram ao desconforto. A força das rajadas causou tremores em alguns prédios e falhas no funcionamento de elevadores, além de afetar o fornecimento de energia elétrica em diversas regiões. O movimento de objetos, como copos de água e garrafas, era claramente perceptível, evocando uma sensação de insegurança entre os que estavam nas dependências de escritórios.
O fenômeno meteorológico foi atribuído a um ciclone extratropical, que se formou na região sul do Brasil e se deslocou em direção ao estado de São Paulo. A Defesa Civil, que registrou rajadas próximas a 100 km/h na zona norte da cidade, alertou sobre os impactos das condições climáticas adversas, afetando não apenas o cotidiano das pessoas, mas também a infraestrutura.
Em resposta à situação, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística anunciou o fechamento de parques urbanos na capital e na região metropolitana, visando garantir a segurança dos visitantes. Aeroportos também foram impactados, com o cancelamento de cinco voos e o remanejamento de outros dez no Aeroporto de Congonhas, na zona sul. A expectativa é que as condições climáticas melhorem nas próximas horas, mas os efeitos do ciclone extratropical ainda são uma realidade a ser enfrentada nesta quarta-feira pela população paulista.
