As detenções, segundo a organização, foram conduzidas de maneira arbitrária durante um período de intensos protestos motivados por alegações de fraude nas eleições. Para Andreína Baduel, líder do Clippve, essa libertação é um passo positivo, embora longe de solucionar o problema estrutural das prisões políticas na Venezuela. Baduel enfatizou que a organização continuará a lutar pela liberdade plena de todos os detidos, destacando que, mesmo com essa liberação, a situação permanece crítica.
Informações sobre as condições de saúde e as circunstâncias dos prisioneiros que foram soltos ainda são escassas. Além disso, muitos dos recém-libertados enfrentam restrições legais que impedem que se considere sua situação como completamente resolvida. Essa realidade reflete o clima de incerteza e tensão que ainda prevalece no país.
Por outro lado, dados oficiais do governo venezuelano indicam que aproximadamente 2 mil das 2,4 mil pessoas presas durante os protestos já foram liberadas. Contudo, as estimativas da ONG Justicia Encuentro y Perdón revelam uma outra realidade: cerca de 1.085 presos políticos ainda estariam detidos antes deste Natal, apontando que mais de mil cidadãos seguem sob custódia, refletindo a complexidade do contexto político atual.
A luta por liberdade e justiça na Venezuela continua, e a libertação de prisioneiros é vista como um pequeno avanço em meio a décadas de desafios. A vigilância internacional sobre a situação dos direitos humanos no país se torna cada vez mais necessária, enquanto grupos de defesa dos direitos humanos permanecem incansáveis em sua missão de garantir a liberdade e dignidade de todos os cidadãos.
