No documento oficial, a administração do presidente Nicolás Maduro descreve a interceptação como um “roubo” e um “assalto”, citando diretamente afirmações do presidente americano, que teria reconhecido publicamente a operação contra a embarcação. A Venezuela alegou ainda que a tripulação do navio petroleiro desapareceu de forma “forçada”, situação que acentua as preocupações sobre a segurança e os direitos humanos no contexto das tensões entre os dois países.
O comunicado destaca um apelo à população venezuelana para que se una na defesa da soberania nacional. O governo alega que não permitirá que forças estrangeiras tomem o que pertence ao povo venezuelano, reiterando a natureza histórica e constitucional desses direitos em relação à riqueza petrolífera do país.
A vice-presidente executiva, Delcy Rodríguez, também se manifestou sobre o incidente, enfatizando a rejeição da Venezuela à ação dos Estados Unidos e ressaltando o desaparecimento da tripulação do navio. Não se trata de um caso isolado, já que esta foi a segunda interceptação de uma embarcação venezuelana em apenas uma semana; a primeira ocorreu no dia 10 de dezembro.
O navio interceptado, de bandeira panamenha, estava transportando petróleo venezuelano, o que ratifica a importância do episódio no contexto das relações cada vez mais tensas entre Washington e Caracas. A ordem para tais interceptações, conforme relatado, foi dada diretamente pelo presidente dos EUA, em um cenário onde as sanções e ações militares refletem um aumento notável nas hostilidades.
Esse incidente reforça as complexas dinâmicas políticas na região e levanta questões sobre a segurança da navegação e a legalidade das ações de forças armadas de uma nação em águas internacionais. No horizonte, a Venezuela continua enfatizando sua disposição de resistir a intervenções externas e reafirmar seu poder sobre os recursos naturais que considera inalienáveis.
