Venezuela prende mercenários estrangeiros acusados de complô para derrubar governo Maduro em ação liderada por agências de inteligência.

O governo da Venezuela anunciou recentemente a prisão de 19 estrangeiros acusados de serem mercenários. Em uma coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (17/10), o ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, informou que as detenções ocorreram no final do mês anterior.

Entre os indivíduos capturados, sete deles já tinham sido presos no dia 14 de setembro, sendo quatro norte-americanos, dois espanhóis e um tcheco. A nacionalidade dos outros estrangeiros ainda não foi divulgada. Além das prisões, o ministro chavista também revelou que foram apreendidas 71 armas, somando-se às mais de 400 encontradas pelas forças venezuelanas em setembro.

Diosdado Cabello acusou os estrangeiros de integrarem um “grupo de mercenários” liderados por agências de inteligência dos Estados Unidos e da Espanha, sem apresentar provas concretas. Ele afirmou que o objetivo desse grupo era derrubar a revolução bolivariana, em entrevista transmitida pela rede estatal VTV.

Essas prisões de estrangeiros suspeitos de conspirar contra o governo de Nicolás Maduro surgem em meio à instabilidade política na Venezuela. A reeleição do líder chavista tem sido contestada e ameaçada, com pressões da comunidade internacional por mais transparência nos resultados do pleito.

Além disso, um importante líder mercenário dos EUA, Erik Prince, fundador da Blackwater, ameaçou agir contra o governo Maduro no início de setembro, com o lançamento da iniciativa Ya Casi Venezuela, que busca concretizar a “vontade do povo venezuelano”. Até o momento, essa iniciativa está arrecadando doações financeiras para tornar o “sonho de milhões de venezuelanos em realidade”.

É importante ficar atento às repercussões dessas prisões e ameaças no cenário político venezuelano, que está passando por momentos de grande tensão e incerteza. A comunidade internacional continuará acompanhando de perto os desdobramentos desses acontecimentos e suas possíveis consequências para o país e para a região.

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