Denominada “Operação Independência 200”, a ofensiva foi anunciada pelo ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello. Ela envolve não apenas as Forças Armadas, mas também milícias e autoridades locais, destacando a mobilização de diferentes setores da sociedade em apoio à defesa do país. De acordo com o almirante Gregorio Briceño Paniagua, comandante da zona de defesa de La Guaira, as atividades da operação tiveram início à meia-noite e incluem manobras táticas, patrulhamentos e a instalação de postos de controle. O objetivo é proteger infraestruturas fundamentais e serviços públicos que são considerados estratégicos para a nação.
Cabello enfatizou que a operação visa essencialmente “reforçar a soberania da Venezuela” e demonstrar a prontidão do país frente a ameaças externas. Ele também ressaltou a relevância da colaboração entre civis e militares, mencionando que essa união é parte da chamada “defesa integral da nação”. A mobilização militar pode ser vista como uma resposta à escalada de atritos entre Caracas e Washington, com Maduro frequentemente acusando os Estados Unidos de tentativas de desestabilizar seu governo.
Além disso, as autoridades americanas têm atribuído ao regime de Maduro envolvimento em atividades de narcotráfico e violações de direitos humanos, intensificando as acusações de um cenário de crise humanitária no país. Recentemente, o reforço militar dos Estados Unidos na região do Mar do Caribe foi interpretado por Caracas como uma provocação, e essa nova operação militar representa uma mobilização significativa, não apenas estratégica, mas também simbolicamente alinhada à reafirmação da força e da resistência do governo venezuelano frente às pressões internacionais.