Os militares destacados para essa operação pertencem à Força Armada Nacional Bolivariana e estarão armados com uma variedade de equipamentos especializados, incluindo aviões, embarcações e drones. A mobilização ocorre em um momento de crescente tensão na região, exacerbada por demandas do presidente colombiano, Gustavo Petro, que solicitou a retirada de guerrilheiros da Segunda Marquetalia, um grupo formado por dissidentes das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O envio de tropas venezuelanas está, assim, intrinsecamente ligado a esse pedido, visando estabelecer uma maior pacificação na divisa entre os dois países.
Este movimento também coincide com um aumento significativo na recompensa oferecida pelos Estados Unidos por informações que levem à captura do presidente Nicolás Maduro – um montante de US$ 50 milhões. Os Estados Unidos acusam Maduro de ter vínculos com o Cartel de los Soles, um cartel de drogas com forte conexão nas estruturas de poder da Venezuela. Esse cenário complexo, que envolve crime organizado e política internacional, torna ainda mais premente a necessidade de ações contundentes na fronteira.
Cabello, em sua declaração, destacou que a operação começará de forma imediata e se estenderá até a região de Táchira. Ele fez um apelo ao governo colombiano para que adote medidas semelhantes, enfatizando a importância de garantir a paz e a segurança em toda a fronteira.
Além disso, o ministro abordou a questão do combate ao tráfico de drogas no país, informando que até o momento, as forças de segurança venezuelanas apreenderam 52,7 toneladas de narcóticos só neste ano. A combinação de esforços militares e o foco em combater atividades ilegais demonstram uma estratégia governamental clara para enfrentar os desafios de segurança que afligem a região fronteiriça, marcando um novo capítulo nas relações entre Venezuela e Colômbia.
-
-
-
-
