Rodríguez fez estas afirmações durante a 18ª reunião da Comissão Intergovernamental de Alto Nível (CIAN) realizada em Moscou, onde discutiu um novo paradigma para o crescimento econômico e a soberania nacional. Segundo sua visão, essa colaboração entre a Venezuela e a Rússia pode possibilitar um modelo de desenvolvimento mais independente, promovendo um crescimento econômico baseado em uma maior autonomia em relação a potências ocidentais, principalmente os Estados Unidos.
A vice-presidente ressaltou que a atual cooperação financeira entre os dois países abre espaço para que transações sejam realizadas em suas respectivas moedas nacionais. Este movimento é interpretado como parte de uma estratégia mais ampla da Venezuela para diversificar suas relações comerciais e, assim, reduzir sua dependência do dólar, que tem sido amplamente utilizado nas transações globais.
Através dessa postura, o governo liderado por Nicolás Maduro busca não apenas fortalecer os laços com a Rússia, mas também incentivar a adoção de sistemas monetários alternativos que possam proporcionar maior estabilidade e controle econômico. A Venezuela já enfrenta sanções severas por parte de Estados Unidos e outros aliados ocidentais, e a possibilidade de operar com moedas locais pode ser um caminho para minimizar os impactos dessas restrições econômicas.
Rodríguez concluiu enfatizando que este novo enfoque em torno das trocas comerciais entre a Venezuela e a Rússia não é apenas uma resposta às pressões externas, mas também uma busca deliberada por um desenvolvimento econômico sustentável e um fortalecimento do estado soberano. O impulso para a desdolarização, portanto, se apresenta como uma prioridade nas políticas econômicas atuais venezuelanas.
