De acordo com Trump, os militares americanos teriam realizado um ataque a um barco que estaria transportando drogas provenientes da Venezuela, resultando na morte de “11 terroristas”. Em resposta, Ñáñez considerou a publicação como uma tentativa de manipulação, afirmando que o secretário de Estado americano, Marco Rubio, estaria iludindo o presidente Trump com informações falsas.
Para corroborar suas acusações, o ministro declarou que havia consultado uma ferramenta de inteligência artificial do Google, que sugeriu que o vídeo era “altamente provável” de ter sido criado artificialmente. Essa análise levanta questões sobre a veracidade das informações apresentadas pelo governo dos EUA e a utilização de novas tecnologias para a divulgação de narrativas que visam justificar ações militares.
O incidente acontece em um contexto de escalada nas tensões entre os dois países, com os Estados Unidos mobilizando mais de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais em embarcações militares na região, alegando o combate ao narcotráfico como justificativa. Em resposta a essas movimentações, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou a mobilização de quase 5 milhões de reservistas, alegando que a situação representa o maior risco para a região em toda a sua história. Segundo Maduro, um significativo número de navios de guerra e recursos militares dos EUA estaria direcionado à Venezuela, o que ele descreve como uma tentativa clara de intimidação.
Nesse cenário, tanto o governo venezuelano quanto o comando da milícia bolivariana do país afirmam que a justificativa americana de lutar contra o tráfico de drogas é apenas uma fachada para uma agenda de agressão mais ampla. O clima de desconfiança e a retórica acirrada entre os dois países indicam uma continuidade nas tensões geopolíticas na América Latina, com repercussões significativas não apenas para a Venezuela, mas para toda a região.