Venezuela desmantela grupo de mercenários dos EUA, Ucrânia e Colômbia em ação inédita contra a oposição armada no país.

Na terça-feira, 7 de janeiro de 2025, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um anúncio significativo em relação à segurança nacional do país. Ele declarou o desmantelamento de um grupo de mercenários supostamente associados aos Estados Unidos e à Colômbia, que estariam envolvidos em atividades terroristas contra a soberania venezuelana. Durante sua fala, Maduro mencionou que os sete indivíduos detidos — três da Ucrânia, dois dos Estados Unidos e dois da Colômbia — representam um marco sem precedentes na história da Venezuela.

O governo venezuelano caracteriza essas detenções como “de altíssimo nível”, destacando a seriedade das ameaças enfrentadas. Segundo Maduro, o objetivo do grupo seria planejar e executar ações que comprometeriam a paz e a estabilidade do país. As autoridades venezuelanas estão tratando a questão com a máxima gravidade, ressaltando a necessidade de proteção da integridade territorial e da tranquilidade nacional.

Além do desmantelamento deste grupo, o dia foi marcado por outro acontecimento político importante. A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou, por unanimidade, um acordo de repúdio a intervenções estrangeiras, especialmente por parte de ex-presidentes latino-americanos que têm criticado o governo de Maduro. Esse movimento legislativo declarou esses ex-líderes como “persona non grata”, um gesto que sinaliza a hostilidade do governo em relação a influências externas. Dentre os ex-presidentes em questão estão figuras proeminentes como Andrés Pastrana, Vicente Fox e Felipe Calderón, todos associados a processos de interferência política na Venezuela.

Adicionalmente, em uma recente reviravolta diplomática, a Venezuela rompeu relações com o Paraguai e determinou a retirada de seu corpo diplomático daquele país. Essa decisão veio em resposta ao apoio do presidente paraguaio Santiago Peña ao opositor Edmundo González, que desafia a legitimidade da reeleição de Maduro, se autoproclamando vencedor do pleito. A situação política na Venezuela continua a ser instável, com tensões crescentes envolvendo questões internas e externas que afetam a governabilidade e a segurança do regime.

Esses eventos refletem um panorama de crescente polarização e complexidade nas relações internacionais da Venezuela, em um contexto onde a narrativa de resistência à interferência estrangeira se mantém central na administração de Maduro.

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