Em resposta a esses incidentes, o presidente da Assembleia anunciou a ativação da Procuradoria-Geral da República, visando a criação de uma comissão responsável por investigar os ataques ocorridos entre setembro e novembro do ano passado. O objetivo dessa investigação, conforme Rodríguez, é esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades pelos eventos que resultaram em perdas humanas.
Rodríguez também fez um apelo à comunidade internacional sobre a necessidade de responsabilizar os envolvidos nas ações militares dos Estados Unidos, afirmando que essas práticas contribuem para o desrespeito das normas internacionais de navegação e das leis que regem o mar. Em um encontro com familiares de venezuelanos que, segundo ele, foram vítimas dessas ações no Caribe, o parlamentar expressou indignação e solicitou que o Tribunal Penal Internacional (TPI) se pronunciasse sobre a situação. O presidente da Assembleia criticou fortemente a omissão do TPI, sugerindo que a Venezuela deveria reconsiderar sua relação com a corte internacional. “A verdade é que o Tribunal Penal Internacional é inútil, e acredito que a Venezuela deveria se retirar dessa instituição”, afirmou Rodríguez, destacando a falta de ação em casos de supostas execuções extrajudiciais.
As declarações de Rodríguez não apenas ressaltam a tensão entre Venezuela e Estados Unidos, mas também acendem um debate sobre a eficácia das instituições internacionais em lidar com violações de direitos humanos e conflitos. O presidente da Assembleia Nacional fez questão de enfatizar que a presença militar norte-americana no Caribe não é apenas uma questão de soberania nacional, mas uma violação direta dos direitos fundamentais dos cidadãos venezuelanos.
