Venezuela denuncia “execuções extrajudiciais” em ataques dos EUA no Caribe e anuncia investigação sobre os episódios de violação de direitos internacionais.

Na última segunda-feira, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, fez declarações contundentes sobre os ataques realizados pelos Estados Unidos na região do Caribe. Segundo ele, essas ações, que são apresentadas como parte de uma suposta luta contra o narcotráfico, seriam na verdade “execuções extrajudiciais”. Rodríguez argumenta que tais ocorrências não têm respaldo em evidências concretas e, portanto, constituem uma violação grave do direito internacional.

Em resposta a esses incidentes, o presidente da Assembleia anunciou a ativação da Procuradoria-Geral da República, visando a criação de uma comissão responsável por investigar os ataques ocorridos entre setembro e novembro do ano passado. O objetivo dessa investigação, conforme Rodríguez, é esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades pelos eventos que resultaram em perdas humanas.

Rodríguez também fez um apelo à comunidade internacional sobre a necessidade de responsabilizar os envolvidos nas ações militares dos Estados Unidos, afirmando que essas práticas contribuem para o desrespeito das normas internacionais de navegação e das leis que regem o mar. Em um encontro com familiares de venezuelanos que, segundo ele, foram vítimas dessas ações no Caribe, o parlamentar expressou indignação e solicitou que o Tribunal Penal Internacional (TPI) se pronunciasse sobre a situação. O presidente da Assembleia criticou fortemente a omissão do TPI, sugerindo que a Venezuela deveria reconsiderar sua relação com a corte internacional. “A verdade é que o Tribunal Penal Internacional é inútil, e acredito que a Venezuela deveria se retirar dessa instituição”, afirmou Rodríguez, destacando a falta de ação em casos de supostas execuções extrajudiciais.

As declarações de Rodríguez não apenas ressaltam a tensão entre Venezuela e Estados Unidos, mas também acendem um debate sobre a eficácia das instituições internacionais em lidar com violações de direitos humanos e conflitos. O presidente da Assembleia Nacional fez questão de enfatizar que a presença militar norte-americana no Caribe não é apenas uma questão de soberania nacional, mas uma violação direta dos direitos fundamentais dos cidadãos venezuelanos.

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