O governo venezuelano também acusou Washington de utilizar a “luta contra o narcotráfico” como uma fachada para tentar promover uma mudança forçada de regime no país. Alega-se que tal ação não só afetaria a Venezuela, mas também poderia arrastar toda a região para um conflito com consequências imprevisíveis. Em uma declaração contundente, o Ministério da Defesa venezuelano rejeitou essas alegações e exigiu o término das ações consideradas bélicas, destacando o papel do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e do enviado da Casa Branca para a América Latina, Mauricio Claver-Carone, na orquestração desse que é visto como um ataque à soberania nacional.
A tensão na região também foi ressaltada pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que, durante uma visita a Manaus, alertou sobre as implicações que tais ações poderiam ter para outros países sul-americanos. Petro ressaltou a necessidade de união entre as nações da América do Sul para se protegerem das eventuais investidas dos Estados Unidos, argumentando que, se nada for feito, várias cidades, não apenas Caracas, podem se tornar alvos de intervenções militares.
Em seu discurso, ele fez um apelo emocional à solidariedade entre os países, questionando se continuariam a permanecer em silêncio diante de ameaças tão iminentes, que poderiam resultar em tragédias para suas populações, especialmente as mais vulneráveis, como crianças. As recentes declarações refletem um ambiente de crescente tensão política e militar na América Latina, onde a soberania nacional está sendo defendida com veemência diante de ações externas que são percebidas como agressões.