Venezuela Alerta sobre Intensificação das Operações de Inteligência dos EUA no Caribe e Acusa “Ato de Intimidação” pela Washington

Nos últimos meses, a Venezuela expressou forte preocupação com o que considera um aumento significativo das atividades de inteligência dos Estados Unidos na região do Caribe. O governo de Caracas, liderado pelo presidente Nicolás Maduro, relata um envio ampliado de aeronaves militares e operações de reconhecimento americanas nas proximidades de suas fronteiras. Essa percepção de ameaça é amplamente compartilhada pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, que enfatizou que as operações de inteligência passaram a ser realizadas não apenas durante o dia, mas também à noite, com um aumento vertiginoso nas atividades da aeronáutica dos EUA.

Durante uma declaração recente, Padrino López destacou que, especificamente na noite do dia 13 de setembro, a Força Armada Nacional da Venezuela detectou várias aeronaves-tanque dos Estados Unidos sobrevoando a região, o que para os venezuelanos configura uma clara demonstração de intimidação e agressão. As tensões entre Washington e Caracas se acentuaram nos últimos anos, especialmente durante a administração do ex-presidente Donald Trump, que justificou a presença militar na área como parte de uma suposta luta contra o narcotráfico.

Em resposta a essas atividades, o governo venezuelano rotula ações americanas como “operações de propaganda suja”, implicando que o verdadeiro objetivo das ações não é apenas combater crimes relacionados às drogas, mas sim a destabilização da governança na Venezuela. Este clima de animosidade ressalta as tensões históricas que perduram entre as duas nações, que se intensificaram nos últimos anos em meio a sanções econômicas e a alegações de interações militares não autorizadas.

Com a escalada dessas operações de inteligência no Caribe, especialistas alertam sobre a possibilidade de uma intervenção mais direta dos EUA na região, aumentando as incertezas sobre o futuro das relações diplomáticas entre os dois países. O governo venezuelano, ao reforçar sua retórica de resistência, procura unir a população contra o que considera uma ameaça externa, enquanto os Estados Unidos permanecem firmes em suas posições de vigilância e controle sobre o que chamam de “atividades ilícitas” na América Latina.

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