Durante uma declaração recente, Padrino López destacou que, especificamente na noite do dia 13 de setembro, a Força Armada Nacional da Venezuela detectou várias aeronaves-tanque dos Estados Unidos sobrevoando a região, o que para os venezuelanos configura uma clara demonstração de intimidação e agressão. As tensões entre Washington e Caracas se acentuaram nos últimos anos, especialmente durante a administração do ex-presidente Donald Trump, que justificou a presença militar na área como parte de uma suposta luta contra o narcotráfico.
Em resposta a essas atividades, o governo venezuelano rotula ações americanas como “operações de propaganda suja”, implicando que o verdadeiro objetivo das ações não é apenas combater crimes relacionados às drogas, mas sim a destabilização da governança na Venezuela. Este clima de animosidade ressalta as tensões históricas que perduram entre as duas nações, que se intensificaram nos últimos anos em meio a sanções econômicas e a alegações de interações militares não autorizadas.
Com a escalada dessas operações de inteligência no Caribe, especialistas alertam sobre a possibilidade de uma intervenção mais direta dos EUA na região, aumentando as incertezas sobre o futuro das relações diplomáticas entre os dois países. O governo venezuelano, ao reforçar sua retórica de resistência, procura unir a população contra o que considera uma ameaça externa, enquanto os Estados Unidos permanecem firmes em suas posições de vigilância e controle sobre o que chamam de “atividades ilícitas” na América Latina.