Em contrapartida, o etanol hidratado, utilizado como opção sustentável, mostrou um desempenho exuberante, com vendas chegando a 21,66 bilhões de litros, resultando em um crescimento de 33,4%. Esses números reforçam a tendência crescente da busca por fontes renováveis, alinhando-se com as políticas de sustentabilidade e redução de emissões de gases poluentes.
No segmento do diesel B, que já conta com a adição de biodiesel, os números apresentaram um aumento de 2,6%, com 67,25 bilhões de litros comercializados. Esse crescimento é um indicativo de que o mercado está se adaptando, aumentando a participação de biocombustíveis em resposta à demanda por alternativas mais sustentáveis.
Os dados foram apresentados em um seminário híbrido realizado no Rio de Janeiro, onde a ANP, representada por seus diretores, abriu as discussões sobre as avaliações do mercado de combustíveis até 2025. O evento reuniu agentes do setor e interessados, proporcionando uma plataforma para o diálogo sobre as tendências e desafios futuros.
Além disso, a produção de gasolina A, que é o combustível puro antes da mistura com etanol, manteve-se robusta, compreendendo 90% da oferta interna, com as importações preenchendo a lacuna de 10%. O cenário do diesel A, por sua vez, também incluiu uma significativa dependência de importações, que somaram 25% do total de vendas.
O gás liquefeito de petróleo (GLP) também registrou um crescimento de 2,2% em 2024, totalizando 7,57 milhões de metros cúbicos comercializados, com as importações respondendo também por 25% deste montante. O biodiesel segue uma tendência de alta, com seu volume de vendas alcançando 8,96 bilhões de litros, um salto em relação aos 7,34 bilhões em 2023, impulsionado pelo aumento do teor de biodiesel no diesel fóssil de 12% para 14%.
Esses dados ressaltam a dinâmica do mercado de combustíveis no Brasil, refletindo tanto desafios quanto oportunidades para o setor, que busca um equilíbrio entre demanda e sustentabilidade em um cenário em constante evolução.