De acordo com a Abinee, em 2022 foram vendidos no mercado irregular 4 milhões de unidades de celulares e a estimativa para o fechamento de 2023 é de 5,5 milhões de smartphones vendidos de forma não oficial. Apenas no penúltimo trimestre deste ano, foram comercializados 2.057 milhões de aparelhos.
O diretor de Informática da Abinee, Maurício Helfer, alertou para a preocupação com o aumento das irregularidades no setor de informática, mencionando a possibilidade de futuramente produtos como desktops e notebooks também serem afetados.
Além disso, a indústria eletroeletrônica projeta um faturamento de R$ 204,2 bilhões ao final de 2023, representando uma queda real de 6% em relação a 2022. Setores como informática, telecomunicações e componentes tiveram reduções de 17%, 21% e 25% no faturamento, respectivamente, sendo influenciados negativamente pelas vendas de celulares irregulares.
O número de empregados na área também teve uma redução, encerrando o ano de 2023 com 263,3 mil trabalhadores, 4 mil a menos do que em 2022.
O presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, expressou preocupação com o alto nível de ociosidade e a queda no número de empregados no setor. Ele apontou que o desempenho do setor eletroeletrônico ficou abaixo das expectativas, especialmente nas áreas de bens de consumo, devido ao baixo índice de investimentos na indústria.
Porém, as perspectivas para 2024 são de crescimento, com 64% das empresas do setor prevendo aumento nas vendas da indústria eletroeletrônica, 33% esperando estabilidade e 3% prevendo queda. A projeção é de um aumento nominal de 2% no faturamento e 3% na produção, com previsão de elevação no nível de emprego. A expectativa é que o setor atinja um faturamento de R$ 208 bilhões e uma força de trabalho de 266 mil trabalhadores.