Tragédia em São Paulo: Tainara Souza Santos é velada após ser vítima de um violento atropelamento
A cidade de São Paulo se despede nesta sexta-feira, 26 de dezembro, de Tainara Souza Santos, uma mulher de 30 anos que teve sua vida brutalmente interrompida após ser atropelada e arrastada pelo carro de seu ex-ficante, Douglas Alves da Silva, de 26 anos. O trágico incidente ocorreu no dia 30 de novembro na Marginal Tietê, e Tainara estava internada desde então, lutando pela vida até falecer na véspera do Natal.
O velório será realizado no Cemitério São Pedro, na zona leste da capital, com início às 8h e sepultamento às 12h. Emocionado, o advogado da família, Wilson Zaska, afirmou que o velório representa um “pouco de dignidade” para Tainara, que enfrentou uma batalha de quase 30 dias em decorrência de seu estado crítico após o crime. A mulher passou por severas intervenções médicas, incluindo a amputação das duas pernas, consequência direta do atropelamento, em que foi arrastada por mais de 1 km.
Douglas Alves foi capturado em um hotel na zona leste no mesmo dia do crime e agora enfrenta acusações mais graves após a morte de Tainara, que incluirão feminicídio consumado. A tragédia gerou comoção na sociedade, com a mãe de Tainara, Lúcia Aparecida da Silva, utilizando as redes sociais para expressar sua dor e solicitar justiça. “É uma dor enorme, mas acabou o sofrimento. Agora é pedir por justiça”, escreveu Lúcia em uma postagem comovente.
Câmeras de segurança do local flagraram o momento do atropelamento, demonstrando a brutalidade do ato. Segundo relatos, Tainara caminhava com um amigo quando foi atingida por Douglas, que, em sua versão, alega ter agido por erro mecânico—um testemunho que a polícia contesta, apresentando evidências de que ele conhecia Tainara e agiu por ciúmes após a interrupção do relacionamento.
A narrativa de Douglas sugere que ele não percebia que Tainara estava debaixo do carro, mas testemunhas afirmam que houve tentativas de outros motoristas de alertar o motorista sobre a gravidade da situação. Além disso, ele deixou o carro em um local distante, tentando esconder o crime e acabou se entregando posteriormente, após uma perseguição policial que culminou em sua prisão, durante a qual ainda houve confronto com as autoridades.
Neste clima de indignação e tristeza, o velório de Tainara busca não apenas honrar sua memória, mas também mobilizar a sociedade em torno da temática da violência contra a mulher, um problema que persiste e que, tragicamente, resultou em mais uma vida interrompida.
