Em resposta à emergência, a estatal Petroperú ativou um plano de contingência que inclui medidas para controlar o vazamento, conter o hidrocarboneto derramado e realizar a limpeza da área afetada. De acordo com o ministério, o petróleo não atingiu cursos d’água na região, o que é um alívio para as preocupações ambientais já existentes. A situação é monitorada pelo Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental, que está realizando ações de supervisão para avaliar e mitigar os impactos gerados pelo acidente.
Esse evento acontece em um contexto em que o governo brasileiro está defendendo a exploração de petróleo na Margem Equatorial, próxima à foz do rio Amazonas. Embora essa exploração possa prover recursos e energia, tem gerado controvérsia devido ao risco ao ecossistema marinho e à biodiversidade da região. Recentemente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu as licenças para exploração na área, em resposta à crescente preocupação com a proteção ambiental.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou seu apoio à exploração de petróleo nas águas profundas da Margem Equatorial, argumentando que o órgão ambiental parece atuar contra o governo. Lula defendeu a importância dos estudos para avaliar a viabilidade da exploração e comentou sobre a necessidade de um diálogo com o Ibama para avançar com as pesquisas de petróleo, destacando que a indústria petrolífera ainda desempenha um papel crucial na transição energética do país.
Estudos da Petrobras têm sugerido que a Margem Equatorial possui grande potencial petrolífero, que se estende também a países vizinhos como Suriname e Guiana. A situação no Peru serve como um lembrete dos desafios e riscos associados à exploração de recursos naturais em áreas ecologicamente sensíveis, levantando questões sobre a necessidade de equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.