VALORIZAÇÃO! Assembleia de Alagoas Aprova Festa das Carroças como Patrimônio Cultural, Mas Enfrenta Críticas por Maus-Tratos a Animais



Projetos de lei que buscam preservar a cultura local frequentemente ganham destaque pela importância de suas propostas, e foi o que ocorreu mais uma vez nesta quinta-feira, 14, quando o plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas deliberou sobre uma proposta bastante significativa. Trata-se do projeto de lei ordinária nº 1024/2024, de autoria da deputada Carla Dantas (MDB), que visa reconhecer a tradicional Festa das Carroças de Batalha como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado. Este reconhecimento se fundamenta na rica contribuição cultural que a festa proporciona ao acervo alagoano, assim como no seu profundo simbolismo e expressividade em todo o estado.

A tradicional Festa das Carroças é um evento anual promovido durante o período junino em Batalha e possui caraterísticas únicas que a diferenciam de outras celebrações regionais. A deputada Carla Dantas destaca que essa festa não somente é um evento de alegria e cultura, mas um verdadeiro catalisador de união comunitária. Segundo ela, a celebração é um ponto de encontro que mistura tradição, criatividade e colectividade. “Além de ser uma festividade vibrante, a festa promove o estreitamento dos laços comunitários, o que incentiva a participação plena de todos os setores da gestão pública local, reforçando o espírito de cooperação e trabalho em equipe”, explica.

Carla Dantas acredita ainda que a Festa das Carroças possui um impacto significativo na economia local, ao atrair visitantes de diversas regiões, o que coloca Batalha em destaque no circuito turístico alagoano. No entanto, nem todos estão convencidos dos benefícios do reconhecimento. Durante a sessão, o deputado Delegado Leonam (União Brasil) expressou sua oposição ao projeto, mencionando preocupações ligadas à questão dos maus-tratos a animais. Ele citou a Lei de Crimes Ambientais, que considera a tração equina uma prática de maus-tratos, como um ponto crítico que deveria ser reconsiderado. Leonam questionou se seria apropriado proteger legalmente um evento que, para ele, pode ser enquadrado como envolvendo práticas cruéis sob o pretexto de patrimônio cultural.

Este debate reflete as difíceis escolhas que legisladores enfrentam ao equilibrar a preservação cultural com as questões éticas contemporâneas, sugerindo que iniciativas como estas, embora ricas em significado cultural, precisam ser constantemente avaliadas e ajustadas à luz de novos entendimentos sociais e legais. O projeto foi aprovado em primeira votação, mas certamente continuará a suscitar discussões incisivas na política e na comunidade local.

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