“Por um momento pensei em tirar meu filho, porque eu comecei a ter gatilhos”, revela Valesca, referindo-se ao medo de passar pelas mesmas dificuldades enfrentadas por sua mãe. “Quando contei da gravidez, ela me apoiou e disse para eu não fazer isso. Afirmou que não passaríamos fome e que ela estava ali para me dar as mãos”, relembra a cantora.
O nascimento de seu filho, Pablo, hoje com 24 anos, trouxe novas dificuldades. Sem condições financeiras, Valesca precisou retornar ao trabalho em um posto de gasolina e vender bens de casa para complementar a renda. “Eu não tinha como dar um leite para meu filho. Não tinha fralda. Tinha que lavar os panos para o Pablo usar. Busquei uma instituição que me dava uma cesta básica a cada 15 dias. Chegava em casa feliz com o saco de mantimentos”, compartilha.
Antes de alcançar a fama com o grupo Gaiola das Popozudas, Valesca teve uma trajetória profissional variada. Seu primeiro emprego foi servindo saladas em um restaurante. “Quando saí de lá, fui ser frentista de um posto na Avenida Maracanã. Na sequência, fiz figuração na Globo, e me encantei pelo mundo artístico. Só não consegui continuar porque engravidei e, como era uma gestação de risco, tive que ficar com minhas pernas para o alto sem fazer esforço”, recorda.
Sua história é um testemunho de resiliência e perseverança. Apesar dos momentos críticos, Valesca conseguiu transformar as dificuldades em força motriz para buscar uma vida melhor para si e para seu filho. Atualmente, além de sua carreira na música, ela também se abre para compartilhar suas experiências pessoais e profissionais, refletindo sobre suas decisões, inclusive os erros cometidos no caminho em busca de uma estética “perfeita”, provando que sua jornada é repleta de aprendizados contínuos.