No entanto, a decisão de pautar o projeto não é simples para Lira, que está avaliando os possíveis riscos dessa ação. Pautar a anistia dos presos políticos pode ser interpretado como um enfrentamento ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Polícia Federal, o que poderia gerar consequências políticas e jurídicas.
Além disso, o Partido dos Trabalhadores já deixou claro que, caso Lira ou seu candidato não se comprometam a derrubar definitivamente o texto, o partido buscará alternativas. Isso poderia fortalecer adversários na Câmara dos Deputados na disputa pela presidência da Casa, tornando a situação ainda mais delicada para o presidente.
A possibilidade de anistia dos presos políticos do dia 8 de janeiro é um tema sensível e polêmico, que envolve questões jurídicas, políticas e éticas. A decisão de pautar o projeto coloca Lira em uma posição delicada, tendo que lidar com pressões de diferentes setores e avaliar os possíveis impactos de suas escolhas.
Diante desse cenário, a expectativa é que nas próximas semanas haja movimentações intensas nos bastidores da Câmara dos Deputados, com negociações e articulações políticas para definir o rumo desse projeto e os desdobramentos que ele pode gerar no cenário político nacional.