De acordo com a análise feita por jornalistas integrantes do Projeto Comprova, a vacina da AstraZeneca não contém mpox em sua composição. A bula do imunizante revela que a vacina utiliza um adenovírus recombinante de chimpanzé, que não tem relação com o vírus que causa a doença em questão. Instituições como a Anvisa, a Fiocruz e dois especialistas consultados confirmaram essa informação.
O adenovírus presente na vacina serve apenas como vetor para transportar material genético do coronavírus e estimular a resposta imunológica no organismo vacinado. Importante ressaltar que esse adenovírus é incapaz de causar doenças, e pertence a uma família diferente daquela que causa mpox.
Apesar do equívoco disseminado nas redes sociais, é fundamental esclarecer que a relação entre mpox e macacos é equivocada. A transmissão dessa doença não está relacionada diretamente a esses animais, como popularmente se acreditava. A origem do nome “varíola dos macacos” remonta à descoberta do vírus em macacos em um laboratório na Dinamarca, em 1958.
Além disso, vale destacar que a vacina AstraZeneca não está mais em uso no Brasil, devido a uma decisão comercial. Mesmo assim, mais de 190 milhões de doses foram aplicadas no país ao longo de três anos, sendo considerada uma estratégia eficaz para combater a Covid-19 em um momento de alto risco de doença grave.
Diante desses esclarecimentos, é importante reforçar a importância de verificar as informações antes de compartilhá-las nas redes sociais, a fim de combater a desinformação e garantir a segurança e a confiabilidade das informações que chegam à população.